Não há nada como um bom pastel de feira. Tipicamente brasileiro, este envelope feito de farinha com recheio de carne moída, entre outros, provavelmente teve sua origem com a adaptação dos 'rolinhos primavera', feitos pelos chineses imigrantes, depois pelos japoneses que se passavam por chineses. Há pastéis famosos em Portugal, que em geral são assados, como os de nata. Mas o que fundamenta essa iguaria é sua graça popular, acompanhada de garapa, conversa à toa, vinagrete bem azedo, pimenta e rumor de gente escarrapachada por cima da barraca. Tantos recheios quanto cores que comovem. Caloria e poesia que já renderam uma das mais belas composições do paulistano Celso Viáfora. Pra agora ou pra viagem de volta ao Alto Capim? Leva um, dois, é grátis. Vale até frio e murcho, mais um refrigereco uai, e a barriga ronca. O óleo frigi, a boca se enche d’água. Corre!! Corre!!! Vá buscar o seu, que já vão desmontar a barraca...
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